O dia-a-dia dum Marciano em Vénus, numa casa de mulheres: Sara (a mãe), Maria Ana, Maria Francisca e Maria Rira (mais a cadela Karina)...

Um tremendo desafio para um homem na idade moderna: como compreender, como falar a linguagem delas, como perceber as suas "mariquices", como ralhar sem fazer chorar, como controlar sem ser controlador, como deixar andar mantendo as meninas vigiadas...ufff! Enfim, como ser dominado e achar que se domina tudo...

Estou a escrever isto e já só quero fugir...

Mas a viagem já começou e este marciano vai a caminho de Vénus, com um bilhete só de ida no bolso (com um grande sorriso de felicidade nos lábios...)...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

De férias...mas pouco? - parte 1


Mais um Agosto que chegou e mais mais uma vez rumamos à porreirissima terra de Olhos d`Água, boa praia, nada de ter que pegar no carro (excepto para uma ou duas vezes para ir ás compras e outra a clássica visita nocturna à marina de Vilamoura), boas bolinhas, boa onda, bom tempo, solzinho, este ano uma semaninha com os 4 avós das miudas (mais o primo Miguel a bombar)...

Umas férias que prometem sempre muitos momentos de alegria e de descontração... Sendo que muitas vezes as promessas saiem goradas... mas não nos podemos queixar assim tanto, ocorrendo como sempre episódios engraçados na vida dum marciano de férias no meio das suas queridas venusianas...

Antes de tudo, e para que fique registado, a Francisca é a menina do pai!!! Salta do colo de todos (mesmo da mãe!!!!!) para o colo do pai e do colo do pai raramente salta para outro (tirando a BóTiz e a mãe quando está a chorar...)...As coisas podem realmente mudar, mas enquanto assistimos à luta diária duma filha a gritar que não quer o pai para nada, é porreiro sentir-me querido (de querer) por uma filha...

Então olhando para as férias...

1- as road trips...
Foram 2 semanas e meia óptimas. As viagens correram muito bem, apesar de achar que ainda somos os únicos tripeiros que partem às 4 da manhã para fazer a viagem Porto/Algarve e vice-versa, mas se calhar somos dos poucos portugueses que em tempos de Troikas e crises, cometeram a irresponsabilidade de ter 2 filhas tão pequenas e tão seguidas, que nos transformam as viagens.. como direi, um inferno! (só para terem uma ideia, 1 mês antes das férias algarvias, tivemos uma viagem de 1 hora e meia até ao Gerês, com a caçula a berrar e a chorar mais ou menos 1 hora e 27 minutos...)

2- "i see dead people" - parte 1
Mal chegados à casa alugada, estávamos a arrumar as roupas e as cenas nos seus sitios, quando me sento na cama e reparo que a pequena Ana está numa atarefada actividade com o espelho da porta do meio do guarda-vestidos lá do nosso quarto. Punha-se à frente, saia sorrateiramente, saltava novamente para a frente do mesmo, voltava a sair a correr, espreitava lentamente e saltava de repente para a frente, por aí fora. Eu parei as "arrumações" e pus-me a apreciar a brincadeira. Aquilo estava a durar, ia fazendo umas caretas, saltava, simulava umas danças, ameaçava umas lutas e por aí fora... Tudo a correr e o pai a ver curioso... De repente, parou em frente ao espelho, fez cara de má, apontou o dedo ao espelho para ela própria e disse de forma ameaçadora e seca: "AGORA SOMOS SÓ NÓS AS DUAS..." (Spoooky)

3- "i see dead people" - parte 2
Um dia de tarde em que estávamos pela praia, estávamos no "nosso sitio", pelas espreguiçadeiras e pelos toldos (gentilmente cedidos e alugados pelo "Pi", o avô materno das miudas), quando a pequena Ana "do nada" dispara "Está ali o meu anjo-da-guarda!". Pergunta óbvia nossa "Onde, filha?", ao que ela respondeu "Ali" apontado para um dos buracos feitos para drenar a àgua do dito muro que fica no inicio da praia, onde estávamos apenas separados pelo estrado de passagem. (spooky)
Dizem alguns (inclusive a mãe e a avó materna) que as crianças podem ver o anjo-da-guarda, algo que me custa acreditar, pois eu já fui criança e a única coisa parecida com um anjo que me lembro de ver enquanto petiz foi o Roque Santeiro...


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