O dia-a-dia dum Marciano em Vénus, numa casa de mulheres: Sara (a mãe), Maria Ana, Maria Francisca e Maria Rira (mais a cadela Karina)...

Um tremendo desafio para um homem na idade moderna: como compreender, como falar a linguagem delas, como perceber as suas "mariquices", como ralhar sem fazer chorar, como controlar sem ser controlador, como deixar andar mantendo as meninas vigiadas...ufff! Enfim, como ser dominado e achar que se domina tudo...

Estou a escrever isto e já só quero fugir...

Mas a viagem já começou e este marciano vai a caminho de Vénus, com um bilhete só de ida no bolso (com um grande sorriso de felicidade nos lábios...)...

terça-feira, 8 de julho de 2014

Este podia bem ser o que não é...Parabéns, Cácá!





Este podia ser um poema ao bebé mais bonito de sempre,
Mas não é
Corria o risco de ser só mais um
A dizer o mesmo que todos dizem.

Este podia ser um poema sobre a pureza dos teus 4 anos,
Mas não arriscaria
Na rudeza que sou, nas chatices que carrego
Com certeza falharia.

Este podia ser um poema à imortalidade do que nos une,
Mas caramba não sou Deus!
Só tendo medo de te perder
Projecto a nossa união no infinito.

Este podia ser um poema sobre vocês,
Que tanto são uma da outra
Flores tão diferentes do mesmo jardim
Irmãs tão doces são de mim




Este podia também ser um poema da mãe
ou da filha e da mãe das suas filhas
Que são umas das outras
Como se com o ar duma, os pulmões das outras se alimentem.


Este podia ser um poema à doçura das tuas palavras,
Mas sabes bem ser bruta
Quando tão veemente me confrontas
E com graça tão desgraça me desmontas

Este sim, podia ser um poema sobre o adormecer
Como em todos os luares, juntos, agarrados
Me pedes (e te faço) "coceguinhas"
Até te apagar no longo canto suspirar do teu sono.

Este podia ser um poema sobre ela
Que todos os dias te confronta e te mede
Se arrisca e te belisca
Te atiça e te aperta
Descobrindo se erra ou se acerta.

Podia até ser um poema sobre o olhar
O sorriso da menina que sorri com os olhos
Do que não pode jamais ser esquecido
Ou por palavras minhas (mal) descrito.

Este podia ser um poema, mas não é…
É só uma declaração de Amor!

Parabéns, Maria Francisca!
04.07.2014

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Se ficar comigo é porque gosta...de quê????

É normal e, pelo que me lembro, também era assim na minha infância, os miúdos ouvirem música, repetirem, dançarem e cantarem em frente ao espelho incessantemente essas mesmas músicas que, vamos lá a saber porquê, lhes ficam no ouvido...

Mais estranho quando são, por exemplo, músicas cantadas em inglês, cujos sons os miúdos tendem a tentar repetir, cantando numa língua qualquer entre o inglês e o soviético...

Há uns anos atrás, nasceu um novo fenómeno: músicas brasileiras de qualidade duvidosa, com coreografias apelativas, com letras fáceis e que os miúdos (e a bem da verdade, muitos graúdos) não resistem...

Já tivemos a "Mila", já tivemos o "bicho", o "rebolation"....este ano temos uma coisa que se chama "lepo lepo".

A primeira audição da música parece igual às outras: letra de fácil encaixe, ritmo brasileiro bem mexido, coreografia porreira... tudo para mais um sucesso veraneano tremendo do outro lado do oceano...

Lá em casa, não podia deixar de ser importada esta maravilha musical. Volta e meia, lá ouvia a pequena Ana, sozinha, a cantarolar e a dançar o tal "lepo lepo"...

Até aqui tudo bem...

Ontem, pediu-me que procurasse e pusesse a rodar o video da música no you tube, para que ela e a irmã (mas no fundo o que lhe interessava era ela e só ela) pudessem curtir a musica, aprender bem a coreografia e mostrar aos pais como sabiam...

Ao ouvir a música, percebe-se que se trata da história dum desgraçado que perdeu tudo: casa, carro, etc, mas que está convencido que a miúda com quem anda não o vai largar porque gosta do seu "lepo lepo" (Hã?)...

Ao OUVIR com mais atenção a letra e, principalmente, os gestos da coreografia, parece-me que "lepo lepo" não é mais do que as célebres palmadinhas de amor no rabo durante o acto sexual?!

Se calhar sou eu que sou um tarado, mas ou é isso ou então é a imitar o abanador como quem está a acender o fogareiro.

De qualquer forma, sabem do que tenho saudades? Da Ana Faria e dos Queijinhos Frescos!!!

Estou condenado a passar o verão a ver a minha filha a cantar e a imitar "sapatidinhas no rabo durante o sexo" o tempo todo!?!? Obrigado, Psirico! Viva o forró!!!

Clicar para confirmar (e quem não clicar vai levar um "lepo lepo" gostoso):