Fizeste-te
esperar pelo tempo que precisaste.
A mim
pareceu-me um exagero, mas parece que “é mesmo assim” – diziam-me.
Marcamos o
dia e lá estava eu à tua espera onde combinado, sem saber que a espera se iria
prolongar por mais um dia.
Não nos conhecíamos,
mas tínhamos a certeza que nos reconheceríamos.
Não sabíamos
como, mas sentíamos que estávamos ligados por uma qualquer força invisível.
Não
imaginávamos bem onde, mas era certo que em qualquer lugar do mundo seriamos
unidos.
Nunca
havíamos visto as nossas bocas ou os nossos dentes, mas não havia dúvidas que
no futuro os nossos sorrisos iriam-se cruzar no infinito e que as nossas
gargalhadas seriam inconfundíveis um para o outro.
Tu ainda não
sabias, mas eu tremia de medo por não saber nada.
Eu temia não
te ter, mas tu fizeste (e fazes) valer bem a pena o medo. Pena tenho de eu não
ser melhor ainda.
As cartas
seriam dadas a cada um de nós, mas eu não tinha nenhum trunfo na mão. Não tinha
estratégia definida, nem nunca fui jogador.
Eu fui ao
local e dia decidido.
Tu só
apareceste no dia seguinte.
Chegaste com
toda a força no teu grande e verde olhar.
Cegaste-me.
Abençoaste-me.
E desde o
dia que me tocaste, trocaste-me as voltas.
Desde o
momento em que te vi, nunca mais vi nada igual. Nunca mais vi qualquer coisa
como até ali. Nunca mais olhei para as mais simples coisas, como desde esse
segundo que te senti respirar pela primeira vez.
E ainda bem
que o fizeste.
Ainda bem
que nasceste…
E, mais que
muito… E, melhor que tudo, és minha e não largo.
“Tudo o que
é meu é tudo o que eu não sei largar.”
Tiago Bettencourt & Mantha - O Jogo
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